quarta-feira, 14 de setembro de 2016

Ciências nas Férias: habitantes do charco

A segunda aventura nas férias consistiu numa saída de campo pelas "fontes" da ilha do Corvo, habitat preferencial para os habitantes do charco, que vivem entre a água e a terra, e por essa razão são denominados de anfíbios, pois tem vida dupla. 

Foto: Tânia Pipa

Podem dividir-se em 3 ordens (Anura, rãs, sapos e relas, que não tem cauda quando são adultos, tem membros posteriores longos para poderem saltar e os machos são excelentes cantores, ou seja, tem cordas vocais muito úteis para chamar a atenção das fêmeas na época do acasalamento; Urodela ou Caudata, salamandras e tritões que possuem cauda durante toda a sua vida; e por fim a ordem Apoda ou Gymnophiona, sem patas, membros locomotores e sem cauda ou muito reduzida, mais parecidos com as minhocas (anelídeos, invertebrados) mas com a diferença de serem vertebrados).  

Nos Açores há apenas 2 espécies, a Rã-verde (Rana perezi) que se encontra por todas as ilhas desde que foi introduzida no século XIX e o Tritão-de-crista (Triturus cristatus) introduzido no século XX na ilha de São Miguel. Apesar de exóticas não apresentam impactos negativos para o ecossistema do arquipélago, inclusive tem um efeito benéfico pois contribuem para o controlo dos insectos, de outros invertebrados, são fonte de alimento de peixes, aves, e mamíferos sendo bons indicadores do bom estado ambiental do ecossistema.

Além deste conhecimento foi ainda possível aos 12 participantes observar a morfologia da Rã-verde e a importância da sua conservação, e a evolução/adaptação adquirida devido ao clima ameno dos Açores, onde o Tritão-de-crista não hiberna, uma característica que possui no seu habitat de origem.

Foto: Tânia Pipa

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