quinta-feira, 9 de julho de 2015

Em busca do painho-de-monteiro pelo Grupo Ocidental


Durante as últimas semanas uma equipa da SPEA deslocou-se às ilhas das Flores e Corvo para continuar os trabalhos do Projecto LIFE EuroSAP, no que concerne ao painho-de-monteiro Hydrobates monteiroi, com o intuito de confirmar as suspeitas de nidificação da espécie no grupo Ocidental.

Hydrobates monteiroi

Nas Flores, as áreas escolhidas foram os ilhéus da Alagoa, mais precisamente o Sentado e o Álvaro Rodrigues, áreas sugeridas pelo Carlos Toste e pelo DOP, na pessoa da Doutora Verónica Neves, com o primeiro a revelar-se promissor pelas vocalizações ouvidas e exemplares vistos a indicarem uma possível colónia. 




Foi ainda a oportunidade perfeita para a equipa se reunir de forma informal com os directores dos Parques Naturais das Flores e do Corvo, José Gabriel e Fernando Ferreira, respectivamente, assim como com o presidente da Câmara Municipal do Corvo, para dar a conhecer o projecto e todos os processos futuros, caso a nidificação da espécie se confirme, os quais se mostraram totalmente disponíveis para colaborar no que fosse possível.


Nas Flores houve ainda tempo para sensibilizar e dar a conhecer ao Agrupamento de Escuteiros o painho-de-monteiro, assim como, as restantes aves marinhas nidificantes nos Açores.


Já no Corvo, as condições atmosféricas adversas condicionaram mas não impossibilitaram os transectos de escutas nocturnas, nos quais se ouviram duas vocalizações dando bons indícios mas infelizmente insuficientes.


Fica ainda um agradecimento especial aos que contribuíram para o bom desempenho dos trabalhos, particularmente os Bombeiros Voluntários de Santa Cruz das Flores, também ao Vítor Silva pelo contacto, ao Carlos Toste pela ajuda e conselhos muito úteis, pois melhor do que ninguém conhece os ilhéus. E para terminar ao Pedro Domingos e Orlando Rosa pelas boleias nocturnas que permitiram os trabalhos no Corvo.


Este foi apenas o primeiro passo do projecto para quem sabe confirmar que o painho-de-monteiro é afinal endémico das Reservas da Biosfera dos Açores.  


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