É esta a questão que fica após uma equipa de 21 elementos e voluntários dar início aos trabalhos pós-life do projeto "Ilhas Santuário para as Aves Marinhas" no ilhéu de Vila Franca do Campo, em 2015.
Os trabalhos incidiram maioritariamente sobre o controlo da vegetação invasora, nomeadamente a cana e a lantana. Estas duas espécies estão listadas nas TOP 100 mais invasoras e todo o cuidado é pouco para evitar que causem danos numa Área Protegida tão importante. O controlo manual é crucial para desobstruir os mais de 400 ninhos naturais de cagarro Calonectris borealis e que em breve chegarão acompanhados pela primavera.
Para além destes ninhos naturais, o projeto Ilhas Santuário para as Aves Marinhas, instalou ainda 150 ninhos artificiais para 3 espécies de aves marinhas. O cagarro, o frulho Puffinus iherminieri e o roque-de-castro Hydrobates castro. As duas últimas, bem mais raras, foram já detetadas na última visita em setembro de 2014, o que levantou a suspeita de uma possível nidificação do roque-de-castro, uma vez que era o início da sua época reprodutora.
Durante a noite foram realizadas escutas noturnas para confirmar esta suspeita, e ao fim de uma hora um pequeno som ecoou entre a vegetação e passou a voar entre o farilhão e o ilhéu. Na manhã seguinte detetamos alguns ninhos mas não foi possível confirmar se estariam ocupados devido à profundidade dos mesmos.
Tudo leva a crer que os roques-de-castro voltaram a nidificar no ilhéu, e novos trabalhos de prospeção serão efectuados para dar a conhecer mais uma das espécies de aves marinhas dos Açores.
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