sábado, 23 de agosto de 2014

Priolos no Centro Ambiental do Priolo!!!!

Hoje alguns dos visitantes e técnicos do Centro Ambiental do Priolo foram surpreendidos por um casal de Priolos que se passearam calmamente pelo espaço exterior deste.


A Familia Pimentel, oriunda da Ilha de São Jorge visitou-nos hoje de tarde e todos puderem observar os dois adultos que ai se encontravam. 


Os nossos parabéns a esta família pois esta é uma situação pouco comum !

Afinal até o Priolo nos visita!!! E você, já visitou o Centro Ambiental do Priolo? Estamos à sua espera perto da Reserva Florestal de Recreio da Cancela do CInzeiro, na Pedreira (Nordeste).

Saiba mais em http://centropriolo.spea.pt/pt/

quinta-feira, 21 de agosto de 2014

Eurodeputado visita Centro Ambiental do Priolo

O Centro Ambiental do Priolo recebeu recentemente a visita do Eurodeputado pelos Açores, Dr. Ricardo Serrão Santos. Esta visita decorreu no âmbito de uma visita que este realizou ao concelho do Nordeste e teve como objectivo saber mais sobre os trabalhos de conservação do priolo e do seu habitat que estão a ser realizados pela SPEA desde 2003.

A visita do deputado recentemente eleito para o Parlamento Europeu, realizou-se em conjunto com o presidente da Câmara Municipal do Nordeste e outros elementos desta entidade. Recebidos pelo Coordenador do LIFE+ Terras do Priolo, Joaquim Teodósio, foi possível aos participantes conhecer melhor o priolo e o trabalho desenvolvido pela SPEA e parceiros nos últimos 10 anos. 


Estes trabalhos têm não só alcançado bons resultados na conservação da espécie e do seu habitat mas também obtiveram um impacto significativo ao nível da divulgação das Terras do Priolo (Nordeste e Povoação) e na dinamização da economia local. Também a componente de promoção do turismo de natureza foi abordada nomeamente no âmbito do trabalho realizado para Carta Europeia de Turismo Sustentavel das Terras do Priolo.

O deputado europeu já tinha também visitado em maio passado os trabalhos realizados na ilha do Corvo para o estudo e conservação das aves marinhas.

Planta rara dos Açores redescoberta no Corvo

Trabalhos de campo realizados este mês na ilha do Corvo por elementos da SPEA e da Universidade Técnica de Munique permitiram a descoberta de vários exemplares de Não-me-esqueças (Myosotis azorica), uma das plantas mais raras dos Açores e que em todo o mundo apenas pode ser encontrada nas ilhas das Flores e Corvo. No entanto, desde 2001 que não existem registos conhecidos nas Flores e no Corvo apenas se tinham registado 5 exemplares em 2012.

21 agosto - No início do mês de agosto, decorreram trabalhos de prospeção às falésias costeiras da Ilha do Corvo, arquipélago dos Açores, realizados pelos técnicos da Sociedade Portuguesa para o Estudo das Aves (SPEA), Carlos Silva e Tânia Pipa e pelo  investigador da Universidade Técnica de Munique (Alemanha), Prof. Dr. Hanno Schaefer. O resultado levou à redescoberta de uma das plantas endémicas mais raras dos Açores e do Mundo – a “Não-me-esqueças” (Myosotis azorica).

Esta planta foi descrita pelo britânico H. C. Watson, em 1842, sendo a sua distribuição mais recente restrita às ilhas das Flores e do Corvo. No entanto, esta pequena planta, com uma flor de um intenso azul-marinho foi vista pela última vez  na ilha das Flores em 2001, pelo investigador Hanno Schaefer, e na ilha do Corvo em 2012 foram detetadas apenas 5 plantas numa falésia que posteriormente ficou destruída por um movimento de terras, suspeitando-se que a espécie poderia estar perdida ou extinta.


De 2009 a 2012, houve várias tentativas infrutíferas para a localização de plantas desta espécie no âmbito do projeto LIFE “Ilhas Santuário para as Aves Marinhas” *.
Segundo o técnico da SPEA, Carlos Silva, “embora a maioria da vegetação endémica da ilha do Corvo tenha sido cortada ao longo dos séculos pela necessidade de sobrevivência dos habitantes, há ainda vestígios de endemismos que necessitam de ser recuperados para evitar a sua extinção, dos quais se destacam a Não-me-esqueças e a Veronica dabney, que valorizam muito mais a ilha como Reserva da Biosfera da Unesco”.

Ainda de acordo com este técnico “os esforços destes quatro dias de expedição levaram à redescoberta da “Não-me-esqueças”, com uma população estimada em 50 plantas com flor e com produção de sementes, dando-nos a esperança que este tesouro único sobreviverá nas próximas gerações”.

Para o investigador Hanno Schafeer, “A grande ameaça para a sua sobrevivência, e para outras plantas e aves costeiras, é a elevada pressão de pastoreio das 245 cabras e ovelhas selvagens que habitam as encostas do Corvo e onde se localizam as maiores falésias do Atlântico Norte. A “Não-me-esqueças” só está fora do alcance destes herbívoros nas falésias mais declivosas e inacessíveis, que infelizmente são muito instáveis e colapsam, podendo levar ao desaparecimento desta rara planta.

A SPEA, em colaboração com o Parque Natural de Ilha do Corvo e a Universidade Técnica de Munique estão a unir esforços para definir o plano de ação para a espécie Myosotis azorica e esperam conseguir aumentar, por produção em viveiro, o número de indivíduos desta espécie extremamente ameaçada, para que num futuro próximo, todos os visitantes e habitantes do Corvo possam desfrutar da beleza desta planta e para que se faça jus ao seu nome e este não fique no esquecimento. Apesar de a nível mundial esta espécie estar listada com o estatuto de Vulnerável a situação da espécie é bastante preocupante.



Cria da Lua-de-mel no Corvo está de Parabéns

Hoje é dia de celebrar para a cria de Cagarro Calonectris diomedea, a pequena cria faz hoje um mês de vida. Um mês passado a comer, dormir, "decorar o ninho" e claro a engordar. Apesar de ter ultrapassado o período crítico das primeiras duas semanas, ainda faltam cerca de 2 meses até abandonar o ninho e para que esteja suficientemente forte e grande para se defender sozinha. Até ao momento, a nossa cria tem sido acompanhada por cerca de 8000 seguidores.

Continuem a acompanhar a sua jornada em cagarro.spea.pt , compatibilidade com firefox safari.





quarta-feira, 20 de agosto de 2014

SOS Estapagado 2014

O Estapagado (Puffinus puffinus), ou Patagarro, Fura-bucho do Atlântico... é uma ave marinha da família dos Cagarros Calonectris diomedea de menor dimensão (31-36cm asa/375-447g), com uma plumagem preta do dorso até debaixo do olho, asas pontiaguda e com um efectivo populacional de mais de 1 milhão de indivíduos no mundo. Nos Açores apenas nidifica no Grupo Ocidental em falésias inacessíveis, a sua população reprodutora ronda os 115-235 casais.O seu período de reprodução ocorre entre Maio e Setembro e os juvenis começam a abandonar o ninho nas primeiras semanas de Agosto. Desta forma, a equipa tem realizado patrulhas nocturnas semelhantes ao SOS Cagarro pela Vila do Corvo, até ao momento já forma salvos e libertados dois indivíduos que migrarão agora para sul para as costas brasileiras e argentinas. 



quinta-feira, 7 de agosto de 2014

Recolha de sementes de plantas nativas no Corvo

A SPEA e o Parque Natural do Corvo deslocaram-se a alguns pontos da ilha para monitorizar o estado germinativo de algumas das espécies nativas dos Açores e as quais produzimos no estufim da EBSMS. As espécies observadas foram a Myosotis maritima, a faia-da-terra Myrica faya, pau-branco Picconia azorica, e o sanguinho Frangula azorica que ainda se encontram imaturas para proceder à recolha de semente. Foi ainda recolhida semente do trovisco-macho Euphorbia stygiana para o banco de sementes do Faial. De referir ainda que anteriormente procedemos à recolha de bracel Festuca petrae para semear directamente na Reserva Biológica do Corvo e nas áreas circundantes da Aerogare do Corvo. De realçar a ajuda fundamental dos jovens do OTLJ no processo de recolha.



Última sessão do Cinema Ambiental ao Ar Livre

E o Cinema Ambiental ao Ar Livre no jardim municipal da Vila do Corvo terminou com o mês de Julho e com as sessões do Bombordo "Tudo o que vem à rede" e "O Grande Migrador". Uma noite dedicada às pescas e na qual os 13 participantes aproveitaram o bom tempo para apreciar a noite e adquirir conhecimento. Encerramos assim um ciclo de cinema ambiental ao ar livre. Para o ano há mais e lembrem-se todos temos o dever de cuidar do meio que nos rodeia.

Um obrigada a todos os participantes!


Viver Entre Marés

E a Ciência Viva chegou ao Corvo numa actividade teórico-prática sobre os seres vivos que habitam entre as marés. Foram 8 os jovens participantes que recolheram e observaram os comportamentos de animais e plantas na zona intertidal da praia do Corvo. Estes jovens aprenderam assim as características que estes seres apresentam para viver em função das marés, nomeadamente, algas verdes, castanhas, caranguejos, peixes alevins, marachombas, camarões, actínias, lapas, búzios entre outros. Uma oportunidade para conhecer um pouco do mundo destes habitantes, tiveram ainda a possibilidade de observar uma espécie de medusa, a água-viva.

Uma manhã bem passada entre as marés.


"Cagarrada" no auge no último RAM

No dia 2 de Agosto a equipa do Corvo em conjunto com 2 jovens do OTL e um voluntário tiveram a oportunidade de apreciar uma excelente manhã a fazer o censo RAM. Uma manhã bem passada a contar aves marinhas e cetáceos. No total foram contabilizados 4256 Cagarros Calonectris diomedea, 21 Estapagados Puffinus puffinus, 41 Gaivotas Larus michaelis atlantis e 304 Garajaus Sterna sp.. Caso será para dizer que não tivemos "olhos" a medir para o frenesim que circulava pelo canal do grupo Ocidental.

Lembrem-se o próximo RAM é no dia 6 de Setembro!


Monitorização Paínho-de-Monteiro na Graciosa

A SPEA e o anilhador credenciado Carlos Pacheco deslocaram-se ao ilhéu da Praia na Graciosa, Açores, para mais uma ação de monitorização da população de paínho-de-monteiro Oceanodroma monteiroi inserida no projeto “Painho-de-monteiro (fase 1), aprovado e financiado ao abrigo do Programa “Preventing Extinctions” (PEP) da BirdLife International.



Nesta ação procedeu-se à anilhagem de indivíduos, em 4 noites com o auxílio de redes de anilhagem para estimar a população do ilhéu. No total de capturas, 98 eram indivíduos novos e 75 corresponderam a recapturas, efetuou-se a monitorização das câmaras de sensor de movimento colocadas nos ninhos artificiais na visita anterior, assim como, a anilhagem das crias presentes nos mesmos, esta ação teve mais uma vez o apoio fundamental do Parque Natural da ilha Graciosa, entidade gestora desta Reserva Natural.

Confirma-se nidificação de Garajau-de-dorso-preto na Graciosa

Pela primeira vez a nidificação de Garajau-de-dorso-preto Sterna fuscata não é uma hipótese, é uma realidade no ilhéu da Praia, na ilha Graciosa, Açores. Esta descoberta foi feita pela equipa técnica da SPEA e pelo anilhador credenciado Carlos Pacheco que se encontravam no ilhéu da Praia para mais uma ação de monitorização da população de paínho-de-monteiro Oceanodroma monteroi no âmbito do projeto “Painho-de-monteiro (fase 1), aprovado e financiado ao abrigo do Programa “Preventing Extinctions” (PEP) da BirdLife International.


Os Açores são o limite norte para a distribuição da espécie, que desde 1902 é conhecida no arquipélago, com apenas 2 casais reprodutores conhecidos no ilhéu da Vila (Santa Maria). Desde 2004, há suspeitas de nidificação no ilhéu da Praia, Graciosa, pela presença ocasional de um casal entre as colónias de garajau-comum Sterna hirundo e garajau-rosado Sterna dougallii


O garajau-de-dorso-preto é cerca de 10-15% maior do que um garajau e tem a particularidade comparativamente com estes (2-3 ovos), de apenas pôr um ovo. A sua época de nidificação é entre Abril e Setembro e a nidificação da espécie foi confirmada pela descoberta da cria, uma raridade no que respeita ao país e na Europa.

domingo, 3 de agosto de 2014

Uma manhã descobrindo o Priolo

Realizou-se na manhã de sábado, dia 2 de agosto de 2014, a atividade “Priolo – O Tesouro da Tronqueira”. Esta faz parte do programa de atividades habitual do Centro Ambiental do Priolo e realizou-se numa parceria entre a SPEA, os Parques Naturais dos Açores e a Ciência Viva.  

Nesta atividade até o tempo ajudou e motivou os 10 participantes que se reuniram na Vila da Povoação para iniciar a descoberta de um dos tesouros mais especiais da Serra da Tronqueira – o Priolo. Essa espécie única dos Açores e que nenhum dos participantes tinha visto até à data.
Alguns dos participantes da atividade "Priolo - O Tesouro da Tronqueira"

Foi então com a promessa de observar priolos que o grupo, dirigido por um dos técnicos do Centro Ambiental do Priolo, fez a sua primeira paragem numa das áreas intervencionadas pelo projeto LIFE + Terras do Priolo. Muito embora não se tivessem observado priolos aí, permitiu um primeiro contacto com o seu habitat – a Laurissilva dos Açores - e com algumas aves que partilham o mesmo habitat com o priolo, como é o caso da Estrelinha. Fez-se uma breve explicação sobre a importância deste habitat e identificaram-se algumas das espécies de plantas que fazem parte da dieta do priolo, como é o caso do sargaço, uma herbácea que passa despercebida para a maioria e que constitui uma fonte de alimento para o priolo durante alguns meses do verão.

O percurso continuou até que se avistaram os primeiros priolos, e com eles a satisfação de se poder observar também um juvenil, facilmente identificado pela coloração castanhada sua cabeça. Os participantes tiveram ainda oportunidade de ouvir o canto do priolo, um assobio melancólico muito doce que todos acarinharam e relembraram até ao fim da atividade.

Juvenil de priolo, observado na Serra da Tronqueira.

Nesta manhã ainda se observaram mais priolos, totalizando pelo menos 8 priolos avistados por todos. O nosso muito obrigado por participarem e fica o convite para quem ainda não conheceu o priolo, tesouro da Tronqueira, para se juntar à SPEA nas próximas edições desta atividade ainda a decorrer em agosto.


Dois dos priolos adultos observados durante a atividade.